Os dois dias que passei em Assis durante a peregrinação em 2022

Quando cheguei a Assis, parei por dois dias na cidade antes de seguir em direção à Roma. Li bastante sobre São Francisco antes da viagem e estar fisicamente nos lugares que antes faziam parte apenas do meu imaginário foi bem emocionante. É realmente incrível ver como, passados 800 anos, praticamente tudo ainda está preservado ali.

Na verdade, a ideia de fazer a peregrinação surgiu quando li a biografia do santo escrita por Hermann Hesse. Há um episódio em que São Francisco caminha com seus irmãos até Roma para pedir ao Papa o reconhecimento das Regras Franciscanas. Ao ler, imaginei que o percurso deveria existir, pesquisei e encontrei. Isso foi ano passado. Eu sabia que um dia faria o caminho, mas não imaginava que seria tão cedo.

Leitura após leitura, me encantei por São Francisco. As histórias dele cantando com os pássaros, conversando com os animais, abdicando de todos os bens materiais e meditando nas montanhas realmente são muito inspiradoras. Para mim, era um ser iluminado que, na Itália da Idade Média, entregou-se totalmente a um chamado e mostrou às pessoas de que nada precisamos para praticar a espiritualidade. Claro, ele era católico, mas seu estilo de vida e o que pregava vão além de dogmas da religião.

Pensei muito nisso tudo enquanto caminhava por Assis. Estive na igreja onde ele foi batizado, na casa onde cresceu, no cárcere em que foi preso pelo pai (hoje numa igreja), na igrejinha onde morreu, nas montanhas onde meditava, na Basílica onde está sua tumba, entre tantos outros cenários.

Também em Assis me despedi de peregrinos queridos que conheci ao longo da primeira metade do caminho. A cidade é o destino final de muitos, e nem tanto por causa do santo. Grande parte faz o caminho pela aventura das trilhas e conexão com a natureza. Acabamos nos esbarrando nas cidades e em alguns trechos das trilhas e criei conexões especiais com alguns — daquelas de dar um abraço apertado na despedida e ficar triste por saber que, nas próximas cidades, não os verei mais. No último jantar, foi a vez de eles me desejarem Buon Cammino até Roma. Parti com o coração apertado, torcendo para próximos encontros igualmente belos.

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