Acordei maravilhada com o fabuloso café da manhã que Dornella, a proprietária do B&B em que passei a noite, preparou para mim. Quando fiz a reserva, disse que era vegana e perguntei se teria alguma opção que eu pudesse comer, mas não esperava que prepararia tortas e bolos especiais.
Eu gostaria de ter fotografado aquela mesa, mas infelizmente não me ative a isso. Estava mais preocupada em comer. Tinha tortas de maçã e de banana, bolo, pães, frutas, geléia, iogurte e leite veganos, granolas e cereais à minha disposição. Repeti algumas vezes e só parei de comer porque fiquei com vergonha de Dornella me julgar esfomeada.
De barriga cheia, parti feliz não apenas pelo banquete, mas porque a trilha seria de apenas 9 kms. O trajeto inteiro, na verdade, era de 12 quilômetros, mas a casa dela estava 3 quilômetros avançada no percurso (e eu tinha recebido carona até lá na véspera).
O trecho ocorre em meio a muitas plantações. No caminho, fui abordada por um grupo de senhores de uma associação de peregrinos que me convidaram a conhecer o imenso presépio que haviam montado. Era realmente enorme, o maior que já vi na minha vida, e tinha uma apresentação com narração e luzes que acendiam em cada cena. Eu não estava muito interessada naquilo, mas senti que era educado assistir até o final. Na saída, ainda recebi frutas para a caminhada.
Um pouco mais adiante, uma moradora da área rural arrancou figos de uma figueira e me deu. Eu já tinha tomado aquele farto café da manhã e sequer estava com fome, mas aceitei a oferta e era um dos figos mais docinhos e saborosos que já provei em toda a minha vida.
Foi realmente um trajeto de fartura.
Cheguei bastante cedo à Citerna e fiquei uma segunda vez maravilhada naquele dia, desta vez, com o caráter medieval da cidade. Eu não havia me dado conta que deixara a Toscana e entrado na Úmbria, região repleta de cidades medievais. Citerna era apenas a primeira (e a menor) de uma série de outras que nesse estilo que eu conheceria dali em diante.
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